Falando apenas dos mais conhecidos, em uma conta anual rápida, você pode estar deixando, sem ao menos perceber, perto de R$2.000 ou mais.
Isto porque, nós brasileiros não somos ainda acostumados a anualizar nossas despesas e receitas. Assim, uma conta de 19,99 reais por mês parece muito pouco mesmo.
As empresas sabem disso e, juntamente com o uso do cartão de crédito crescente entre a população, os “pequenos” gastos mensais ficam escondidos.
Como consumidores somos bombardeados com informações e emoções como o “Medo de Ficar de Fora” de alguma novidade ou tendência. Vivemos em um mundo informacional rápido e altamente dinâmico, assim é mais fácil ter e não usar a precisar e não poder.
E por isso, que “esquecer” algum pagamento no crédito com renovação automática não é incomum. Ou seja, pagar por um serviço que, no momento da assinatura parecia muito interessante, mas que vai ficando puramente porque pensamos: “Ah, já assinei e vai que quero assistir amanhã…” é algo que as empresas de streaming já contam no faturamento.
Um viés cognitivo (tendência sistemática e distorcida na tomada de decisão) aplicado à situação acima é o “viés do status quo”. Uma disposição humana natural a permanecermos com algo que já aderimos, ao passarmos pela dor da perda, ou neste caso, cancelamento. Uma possível explicação pode ser a conformidade social, ou seja, fazer o que a maioria do grupo social que pertencemos também está fazendo.
No entanto, é realmente entendendo esse processo e encarando a real necessidade de pagarmos por determinados produtos ou serviços, que iremos melhorar nossas decisões financeiras e de investimento.
Pense hoje em seus gastos como investimentos e só continue a pagar se realmente lhe trouxer um bem real benefício. Além disso, anualize seus gastos e perceba o impacto que teria se esse desembolso fosse para a renda fixa, por exemplo.
Decisões financeiras sábias são possíveis por meio do entendimento e de mudanças no pensamento e no comportamento ao consumir e investir.